Prefeitura de Gaspar destaca crescimento do cultivo de soja
A agricultura em Gaspar, desde muitos anos, é um dos pilares da economia municipal, sendo a produção de arroz a de maior destaque. Devido às características do solo do sul do Brasil, a forma de cultivo mais utilizada é o arroz irrigado; Neste mesmo sistema, a soja já é amplamente cultivada no Rio Grande do Sul. Em Gaspar, há cerca de dois anos, agricultores locais vêm aderindo a opção, plantando soja no lugar do arroz.
Também há plantio em terras altas e pouco mais secas que do solo do arroz irrigado, como o caso do seu Altair. A iniciativa é incentivada pela Prefeitura via Secretaria da Agricultura, com apoio da Plantar Comércio de Insumos e Basf Brasil. A principal motivação do incentivo à produção da soja em terras de plantações de arroz é conscientizar o agricultor de que novas opções de produto são possíveis e tão lucrativas ou mais que o arroz. “É uma forma de modernização da cultura agrícola, somos referência na produção de arroz, mas nosso solo fértil nos possibilita tentarmos novos cultivos”, comenta André Pascoal Waltrick, Secretário da Agricultura e Aquicultura.
A produção de soja aqui não é novidade, a Bunge, há algum tempo atrás já tentou produzir soja para ser utilizada em seus produtos. Mas, na época, a espécie usada não era adaptada para a região. A planta cresceu, mas não gerou os grãos, o que fez a empresa abandonar a ideia. Porém, nos dias de hoje, graças aos avanços, já existem variantes e híbridas adaptadas para o solo.
Para chegar nesta soja muitos estudos foram realizados. A Basf Brasil é uma multinacional de produtos químicos, que tem muitos anos de experiência, contribuiu com a produção dos produtos químicos usados para controle de pragas e testagem. Já a Plantar de Brusque, fazem os trabalhos mais técnicos com os produtores, disponibilizando insumos agropecuários, como as sementes da soja.
O produtor local Altair Venturini, do Bairro Lagoa, e seu irmão cultivam soja, milho, arroz e outros. Este ano eles estão colhendo a terceira safra de soja. Começaram com 2 hectares e hoje estão indo para 10 hectares. Onde ele plantava milho, colheu e plantou soja. Hoje ele colhe a soja e volta a plantar o milho e assim sucessivamente. “Essa alternância é necessária, pois renova o solo e detêm pragas e erva daninhas. Isto porque os produtos usados numa plantação são diferentes da outra, elas eliminam as pragas uma da outra sem risco às plantas”, explica o Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Agricultura, Henrique da Silva Pires.
Vale ressaltar que o solo precisa ter um preparo diferente para este tipo de cultivo. Segundo o engenheiro, a melhor época para o plantio da soja é após o mês de outubro. Quanto ao tempo de colheita, depende da variedade escolhida, pois há a precoce, média e tardia, que são as classificações por tempo de ciclo de vida da planta. “É um projeto piloto, mas que está dando certo, a soja plantada em terras de arrozeira fornece nitrogênio para o arroz, que é o principal nutriente dele, assim os ciclos se complementam”, destaca André, Secretário da Agricultura.
A Prefeitura segue apoiando as iniciativas dos produtores locais e orientando no que for possível e necessário, através da Secretaria de Agricultura
Para mais informações: André Pascoal Waltrick. Secretário da Agricultura e Aquicultura. Fone (47) 3332-2990.