Saúde reforça vacinação contra a Febre Amarela

A Prefeitura de Gaspar, por meio da Secretaria de Saúde e Vigilância em Saúde, faz um alerta sobre o elevado risco de contaminação da febre amarela em pessoas não vacinadas. Apesar de não haver registros da doença no município, Gaspar aparece no mapeamento de circulação do vírus, que percorre regiões do Médio Vale do Itajaí. Os dados foram divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE).

Com esse alerta, a Secretaria de Saúde reforça que todas as Estratégias de Saúde (ESF’s) com sala de vacinação ativa, possuem doses disponíveis da vacina contra a Febre Amarela. A vacina é única forma de prevenção contra a doença. Para obter o imunizante, é necessário ir a unidade de saúde e apresentar o documento de identidade.

A vacina é indicada para pessoas de 9 meses a 59 anos de idade e está disponível em todas as unidades de saúde de Santa Catarina. Pessoas com 60 anos ou mais e gestantes só devem tomar a dose, após avaliação médica. Desde julho de 2018, todo o estado de Santa Catarina é Área com Recomendação de Vacina (ACRV). Segundo dados da Dive, até dezembro de 2020, a cobertura vacinal em Santa Catarina é de 76,74%. Em Gaspar, a cobertura vacinal contra a Febre Amarela é acima de 61%.

No último informe epidemiológico da DIVE, publicado no dia 4 de maio, aponta sete casos confirmados da doença em humanos no Estado. Os casos foram identificados em moradores de Águas Mornas, Anitápolis, Imbituba, São Bonifácio, Taío e Blumenau, além disso, duas mortes foram registradas em Santa Catarina.

O boletim ainda confirma que 121 macacos foram mortos pelo vírus da febre amarela, destes, quatro foram encontrados na região do Médio Vale do Itajaí. Outros 33 casos estão em investigação.

Macacos não transmitem a febre amarela, eles são vítimas da doença, assim como os humanos. A febre amarela é transmitida apenas pela picada do mosquito infectado. Matar macacos é crime ambiental e prejudica o controle da doença, já que ao contraírem o vírus, servem de alerta para a presença da doença no local.

O que é a Febre Amarela?

A febre amarela é causada por um vírus transmitido por algumas espécies de mosquitos. A transmissão não é feita diretamente de uma pessoa para outra. Para isso, é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado (nove a 12 dias), pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado.

O ciclo silvestre ocorre quando macacos contraem a febre amarela e mosquitos — principalmente do gênero Haemagogus — picam esses animais. A pessoa picada pelo mosquito pode ser infectada e, ao retornar à cidade, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti, mosquito que circula em áreas urbanas. Nesse caso, pode ocorrer o ciclo urbano.
O último registro do ciclo urbano da doença no Brasil foi em 1942. Desde que a população começou a ser vacinada, apenas ocorreram surtos de contaminações no país pelo ciclo silvestre.

Quais são os sintomas?

Febre alta;

Calafrios;

Dor de cabeça intensa;

Dores nas costas e no corpo em geral;

Náuseas e vômito;

Fadiga e fraqueza;

Casos graves podem causar icterícia (pele e olhos amarelados — sintoma que deu nome a doença), hemorragia interna e insuficiência hepática.
Os sintomas da febre amarela aparecem, em média, entre três e seis dias após a picada do mosquito transmissor infectado. No entanto, a doença pode demorar até 15 dias para se manifestar.
Segundo o Ministério da Saúde, 15% das pessoas infectadas podem apresentar uma melhora dos sintomas por algumas horas ou até mesmo um dia, para depois desenvolver uma forma mais grave da doença.
Entre os casos graves, cerca de 50% das pessoas morrem, o que faz da febre amarela uma doença mais letal do que a Covid-19.

Como tratar?

Não há remédios para o vírus da febre amarela. O tratamento apenas combate os sintomas da doença. Em casos mais graves, é necessário hospitalização.