Gaspar investiga três casos suspeitos do vírus Monkeypox
Moradores são residentes dos bairros Gaspar Grande, Belchior e Coloninha
A Prefeitura de Gaspar, por meio da Secretaria de Saúde investiga três notificações de casos suspeitos do vírus Monkeypox ou Varíola Simia, popularmente conhecida como varíola dos macacos. Trata-se de três homens, com idades de 25, 32 e 30 anos, residentes nos Bairros Gaspar Grande, Belchior e Coloninha. Todos passam bem e seguem em isolamento domiciliar com sintomas leves. Até a tarde desta terça-feira, dia 30, não havia nenhum caso confirmado da doença, em Gaspar.
A Vigilância em Saúde do município reforça que monitora diariamente os casos, além de prestar assistência para os pacientes e familiares. Para melhorar o fluxo de atendimento e garantir a segurança de demais pacientes e profissionais de saúde os atendimentos para sintomas ocorrerão por meio de telemedicina. Assim, todos aqueles que tiverem sintomas da doença, podem mandar mensagens para uma equipe médica da pasta e ser atendido via WhatsApp, o número para contato é (47) 3091 – 2180.
Essa estratégia já se mostrou eficiente em outros municípios, pois oferece aos pacientes assistência, atestados e receitas de forma remota, evitando que eles circulem pela cidade e transmitam a doença. O secretário de Saúde, Francisco Hostins Junior, explica que qualquer pessoa que tenha início súbito de febre, acompanhado de inchaços no pescoço, conhecido como íngua, e principalmente erupções na pele, deve entrar em contato com o número de telefone, através de mensagem.
“Nossos profissionais farão o atendimento através de telemedicina, vão acompanhar e monitorar os casos. Além disso, vão a avaliar, notificar e, se necessário encaminhar para realização de exames. O teste para detecção do vírus é realizado exclusivamente de forma laboratorial, ou seja, esses exames vão até o laboratório do estado e depois que sabemos o resultado. Durante esse período, a pessoa que está com suspeita, fica em isolamento”, comenta o secretário de Saúde, Francisco Junior Hostins.
Confira os sintomas, formas de transmissão, prevenção, de acordo com o Ministério da Saúde
Os sinais e sintomas, em geral, incluem:
• Erupções cutânea ou lesões de pele
• Adenomegalia – Linfonodos inchados (ínguas)
• Febre
• Dores no corpo
• Dor de cabeça
• Calafrio
• Fraqueza
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O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da monkeypox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem.
O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares de lesões. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.
Transmissão
A principal forma de transmissão da monkeypox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.
Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.
Prevenção
A principal forma de proteção contra a monkeypox é a prevenção. Assim, aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. E no caso da necessidade de contato (por exemplo: cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos e parceiros, etc.) utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do período de transmissão.
Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas, lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que possam ter entrado em contato com as erupções e lesões da pele ou secreções respiratórias (por exemplo, utensílios, pratos).
Lave as roupas de cama, roupas, toalhas, lençóis, talheres e objetos pessoais da pessoa com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descartar os resíduos contaminados (por exemplo, curativos) de forma adequada.
Tratamento
Ainda não há medicamento específico e aprovado para o tratamento da monkeypox no Brasil. Hoje o tratamento da monkeypox no país é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.
Foto: Dado Ruvic/REUTERS