Gaspar renova programa de proteção a mulher realizado pela ONG Casa das Anas

Serviço de acolhimento provisório e institucional para mulheres em situação de violência doméstica e familiar terá mais um ano de vigência

A Casa das Anas continua o atendimento de Gaspar com o programa de acolhimento provisório de mulheres em situação de risco em razão da violência doméstica e familiar. A Prefeitura de Gaspar, através da Secretaria de Assistência Social renovou o convêncio com a instituição por mais um ano. O abrigo permanece sigiloso, visando preservar as vítimas que precisam dos serviços da ONG. Mulheres de 18 a 59 anos, acompanhadas ou não de seus filhos ou dependentes até 17 anos, recebem acomodação, também adaptada para acolhimento de uma mulher com deficiência física.

Entre os principais objetivos da organização está proporcionar para as mulheres e filhos, vitimas da violência doméstica, condições para recuperação e reconstrução de projetos de vida familiar. As mulheres são acompanhadas por equipes multidisciplinares de apoio psicológico, junto aos serviços de assistentes sociais e acompanhamento jurídico. Também são disponibilizadas oficinas e cursos para o retorno ao mercado de trabalho.

‌A Casa das Anas também ajuda a identificar situações de violência, produzir dados para o sistema de vigilância socioassistencial e possibilitar a construção de projetos pessoais visando à superação da situação de violência e o desenvolvimento de capacidades e oportunidades para o desenvolvimento de autonomia pessoal e social.

‌Dados do Tribunal de Justiça de Santa Catarina apontam que entre janeiro e fevereiro de 2023, 93 mulheres de Gaspar solicitaram Medidas Protetivas de Urgência (Lei Maria da Penha). O programa surgiu para atender a demanda, levando suporte a essas mulheres.

Estudos apontam que muitas mulheres que sofrem algum tipo de violência doméstica, têm dificuldade em denunciar os abusos e posteriormente romperem com o ciclo que pode ser constantemente repetido. Mulheres em situação de violência doméstica e familiar, seja ela psicológica, patrimonial, sexual, moral ou física, em geral, precisam enfrentar questões emocionais e cotidianas, o que torna mais difícil o rompimento das relações abusivas. Contextos de vulnerabilidade social, dificultam ainda mais a quebra do ciclo, por isso é fundamental um local de acolhimento, apoio e reestruturação.

A renovação do programa permite que mulheres que precisem de acolhimento por qualquer tipo de violência doméstica, encontrem um local seguro, responsável e que permite a recuperação gradual também para mães e filhos.