Gaspar une tecnologia e inovação ao esporte paralímpico

Gaspar Maker Labs, produz equipamentos impressos em 3D para utilizar no Programa Paradesporto

A expressão “a união faz a força” faz muito sentido quando falamos da educação e tecnologia sendo incorporada ao esporte. Através da união entre o Programa Paradesporto e o Espaço Maker Labs, estão sendo construídos suportes, impressos em 3D, para as bolas da modalidade de Bocha Paralímpica, que são utilizados pelos atletas do Programa Paradesporto.

O suporte construído, será um grande aliado dos atletas nas próximas competições. Antes do suporte, os atletas utilizavam um cesto onde as bolas ficavam armazenadas uma em cima da outra, dificultando a escolha da bola correta. Cada bola possui um peso e rigidez distinto das outras.

A ideia para a impressão do objeto surgiu do treinador da modalidade de Bocha, Wanderlei da Silva, após notar um objeto parecido em um treinamento arbitral da modalidade. “Quando vi um objeto semelhante, vi também que poderia fazer a diferença para os nossos atletas. Chegando em Gaspar entramos em contato com a Secretaria de Educação e espaço Maker Labs, que nos deram um sinal positivo, e iniciaram o desenho do projeto com as medidas que solicitamos”, afirma o treinador.

O primeiro objeto impresso já está sendo utilizado nos treinamentos, e acompanhou os atletas no Circuito Catarinense de Bocha Paralímpica, disputado no último final de semana (15 e 16 de junho), na cidade de Joaçaba.

O Secretário de Educação, Emerson Antunes, afirma que um leque de inúmeras possibilidades se abrem. “O objetivo do Espaço Maker, é proporcionar que os estudantes da rede municipal tenham o acesso a tecnologia e inovação, aprendendo e produzindo materiais que facilitem o dia a dia. Utilizado para aprimorar uma modalidade paradesportiva, a construção do suporte é uma porta que se abre para os estudantes também possam participar das criações, fomentando a sua criatividade”, destaca Antunes.

Os trabalhos desenvolvidos no espaço Maker, são focados na sustentabilidade, e grande partes dos matérias utilizados na execução dos projetos são feitos com materiais recicláveis.

Além do equipamento utilizado para a bocha paralímpica, que foi projetado por um dos professores do espaço maker, Luis Melo, o espaço também trabalha com outros projetos que visam a acessibilidade. “Estamos com outros dois projetos muito bacanas em andamento. Uma mão biônica, que simula o protótipo de próteses para pessoas com deficiência física nos membros superiores, e um projeto para auxiliar pessoas com deficiência visual, um sensor sonoro que avisa quando tem objetos a frente, que pode ser facilmente acoplado a um boné”, destaca Luis.

Os projetos realizados no Espaço Maker, são pré definidos de acordo com as habilidades da Base Nacional Comum Curricular, mas cada aluno tem liberdade criativa para customizar e personalizar os projetos.

Projeto Fábrica

O modelo de ensino, voltado a tecnologia e inovação, e que vem cativando diversos estudantes da rede municipal, agora vai se expandir para toda a cidade. Em um ambiente ampliado e melhorado, o Projeto Fábrica, está sendo construído anexo ao complexo esportivo Prefeito João dos Santos, no Ginásio Vereador Gilberto Sabel, popularmente chamado de joãozinho.

Cerca de 150 jovens de todo o município serão beneficiados com o acesso gratuito a tecnologias de ponta. Provenientes do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), o reforma do do antigo ginásio e implantação do Projeto Fábrica terá um investimento de aproximadamente R$ 2,2 milhões.