Saúde de Gaspar iniciou campanha de prevenção à Aids com ações no centro da cidade

A Secretaria de Saúde de Gaspar, por meio do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), lançou neste sábado (29) uma campanha municipal de prevenção ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)/Aids. Os profissionais da saúde estiveram na Praça Getúlio Vargas, no Centro, das 8h às 12h, orientando e tirando dúvidas da população, além de distribuírem material informativo e preservativos masculinos e femininos.

No sábado (29) ainda foram distribuídos laços vermelhos, considerados um símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a Aids. O SAE também mobilizou o comércio local para a exposição dos laços vermelhos nas vitrines das lojas.

Além disso, nesta segunda-feira, 1º de dezembro, serão realizados testes rápidos para detecção do HIV, das 8h às 17h, no SAE, localizado na rua Augusto Beduschi, 130, Centro. O resultado fica pronto em quinze minutos. O teste é realizado durante todo o ano no SAE, mas, no dia 1º de dezembro, por ser o Dia Mundial de Luta contra a Aids, a ação será intensificada para conscientizar a população.

Entre os dias 1º e 5 de dezembro, as Unidades de Saúde do município também distribuirão materiais informativos da campanha.

O SAE realiza durante todo o ano palestras e entrega de material informativo sobre HIV para funcionários de algumas empresas de Gaspar. Caso alguém tenha interesse em agendar atividades como essa para o próximo ano é só entrar em contato pelo telefone 3332-7807, com a Coordenadora do Programa DST/HIV/Aids e Hepatites Virais, Luciana Reinert Silveira.

Em Gaspar, foram detectadas quinze novos casos de HIV em 2014. Mas, a equipe do SAE acompanha ao todo 185 casos da doença. A Coordenadora Luciana ressalta que “sabe-se que muitos pacientes não fazem o tratamento no município e existem muitos casos não identificados ainda. Por isso, a importância de se fazer o exame, quanto mais cedo o diagnóstico mais fácil de tratar”.

Sobre o HIV 

O HIV pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas (sem o uso do preservativo), anais, vaginais e orais; pelo compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas; de mãe para filho durante a gestação; pelo parto; pela amamentação e por transfusão de sangue.

A AIDS continua a representar um grave problema de saúde pública mundial e um desafio para profissionais e gestores de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima em 35 milhões de pessoas vivendo com o HIV/AIDS no mundo e pouco mais de dois milhões de novas infecções detectadas apenas em 2013.

No cenário nacional, os dados de Santa Catarina revelam uma realidade preocupante. São 34.547 casos de AIDS acumulados de 1984 a dezembro de 2013 e uma taxa de incidência de 33,5 novos casos por 100 mil habitantes, no ano de 2012, segundo o Ministério da Saúde. Desta maneira, é o estado com segunda maior taxa de incidência no Brasil, abaixo apenas do estado do Rio Grande do Sul.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, em 2013, dentre os 20 municípios nacionais com mais de 50 mil habitantes e com as maiores taxas de detecção, nove são municípios catarinenses (Itajaí, Balneário Camboriú, Rio do Sul, Camboriú, Biguaçu, São José, Florianópolis, Criciúma e Palhoça).

Com relação às mortes por AIDS, os dados apontam para outra grave realidade. Foram 10.034 óbitos por AIDS, acumulados de 1985 a 2013 com uma taxa de mortalidade de 7,8 óbitos por 100 mil habitantes, classificando o estado de Santa Catarina com a terceira pior taxa de mortalidade do Brasil.

Mais informações:
Secretária de Saúde, Márcia Adriana Cansian: 3703-3700 ou 8406-6810
Coordenadora do Programa DST/HIV/Aids e Hepatites Virais, Luciana Reinert Silveira: 3332-7807