Uma Tilápia de respeito
Quem visitou o 22º Festinver na Arena Multiuso, no fim de semana que passou, viu por lá a simpática mascote do Festival da Tilápia. O peixinho marrom que chamou a atenção por onde passou e foi convidado para posar para centenas de selfies, fez o maior sucesso no evento.
A mascote surgiu no Festival da Tilápia em 2016, e desde então tem feito sucesso com o público dentro e fora da Arena Multiuso, neste ano ela ajudou na divulgação do evento no centro da cidade e despertou olhares atentos de pedestres e motoristas que passaram por ela.
O que pouca gente sabe é quem deu vida a Tilápia. O Sr. Salvador Ramos Vitorino, deu um verdadeiro exemplo de dedicação e vitalidade. Aos 67 anos, voluntariamente, encarou o desafio de ser a alma da Tilápia e foi incansável na participação e interação com o público, principalmente com as crianças. Salvador foi convidado a participar como voluntário pela organização do evento e aceitou de pronto. “Eu gosto de participar de atividades assim, embora lá dentro (da fantasia) faça muito calor, cansei um pouquinho, mas o mais bacana foi ver as pessoas sorrindo quando eu passava”.
Ser a Tilápia mascote do Festival realmente não deve ser fácil, pois além do calor o peixão caminha muito por todos os espaços do evento, é uma verdadeira maratona. E sobre esse assunto Salvador entende bem, com quase 70 anos é tri campeão maratonista, começou a correr há 8 anos e desde então se dedica ao esporte, já participou de 24 meias maratonas (21,1KM) e 3 maratonas (42,195 km). Foi vencedor em Brusque, Chapecó e Pomerode.
Salvador é ilhotense, mas mora no bairro Gasparinho há 20 anos, desde que voltou de São Paulo onde viveu por 26 anos e trabalhou como metalúrgico. De sorriso fácil e conversa agradável, o atleta atribui o bom preparo físico a três pontos, a fé, um bom sono e alimentação. “Deus me dá a saúde e eu faço minha parte para mantê-la, também procuro dormir bem e tenho uma alimentação saudável e balanceada”, reforça.
Não é só a saúde física que recebe cuidado, as atividades intelectuais também estão na lista. Durante os recitais promovidos pela diretoria de Cultura do município, a inscrição dele é garantida. Os poemas que declama, na maioria das vezes, são de própria autoria e destacam as experiências vividas por ele. O voluntariado é presença constante na vida de Salvador. O aposentado realiza trabalhos voluntários para a Conferência Vicentina, Apae, Pastoral da Crianças e várias outras entidades da região. No último sábado, dia 8, antes de assumir o papel da tilápia no Festinver, participou do pedágio beneficente, que arrecadou fundos para o Clube Musical São Pedro. “Eu me sinto realizado em trabalhar como voluntário, acho que todos deveriam experimentar, faz bem para os outros e para si mesmo.” conclui.
A organização do 22º Festinver agradece à todos os voluntários que auxiliaram direta e indiretamente na realização do evento, como o Seu Salvador que tão bem deu vida a Tilápia mascote do festival, bem como para o Sr. Alfonso Bernardo Hostert que gentilmente emprestou a fantasia.