Saúde alerta para os cuidados com a dengue no verão
Durante a primavera as temperaturas já começam a ficar mais altas no Vale do Itajaí. Com a proximidade do verão, os riscos que envolvem a proliferação do mosquito da dengue ficam maiores. Pensando nisso, a Prefeitura Municipal de Gaspar, por meio da Secretaria de Saúde, orienta a população sobre os cuidados com o mosquito Aedes aegypti. O inseto é vetor da dengue e febre Chikungunya e Zika Vírus.
Na estação mais quente do ano, há mais incidência de chuvas, as famosas trovoadas de finais de tarde, por isso o aparecimento de focos do mosquito torna-se maior. Por este motivo, o trabalho de prevenção e conscientização precisa ser redobrado.
“A população precisa estar ciente do papel que tem no combate a procriação do mosquito. A higiene e a limpeza das casas ainda são as melhores formas de prevenção. O acúmulo de água parada numa tampa de garrafa pet, ou num pneu descartado em local irregular, são ambientes ideais para o aparecimento do Aedes aegypti,” informa a diretora geral da Vigilância Epidemiológica, Jicéli Petró.
De acordo com os dados epidemiológicos divulgados pela Diretoria Geral de Vigilância em Saúde, em 2016, foram notificados 42 casos suspeitos de pessoas infectadas no município, porém, ao final da investigação, todos foram negativados. Quatro casos foram confirmados na cidade, entretanto, todas as situações foram importadas, ou seja, foram contraídas em outros municípios (Blumenau – SC, Foz do Iguaçu – PR, Araraquara – SP e Betim – MG).
Este ano, houve sete casos suspeitos, mas todos tiveram resultado negativo. Em 2017, os seis agentes de endemia de Gaspar já percorreram 28.894 residências, em 452 quarteirões. Também foram vistoriados 5.593 comércios, 5.558 terrenos baldios, 69 pontos estratégicos e 1.310 locais como igrejas, unidades de ensino e unidades de saúde. Dados registrados até 18 de outubro.
O município conta atualmente com 310 armadilhas ativas, em todas as regiões, que detectam a presença das larvas. Ao verificar a existência do mosquito, os profissionais da saúde percorrem um raio de 300 metros, indo de casa em casa, para informar a população e instruir sobre as precauções. A fiscalização também poderá ser realiza nas residências, porém com a autorização dos proprietários.
“Os agentes de endemias do município estão preparados para realizar as vistorias, fazer a remoção em casos positivos de larvas e também orientar a população. Precisamos conscientizar e atingir 100% da população,” reforça a secretária de Saúde, Maria Bernadete Tomazini.
Entre os sintomas da dengue clássica estão: febre alta com início súbito, fortes dores de cabeça e atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções cutâneas parecidas com sarampo, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza, dor no corpo, ossos e articulações.
Vale ressaltar que qualquer caso suspeito deve ser encaminhado para a unidade de saúde mais perto de casa. No local, os profissionais irão realizar o diagnóstico e orientar o paciente.
A partir da próxima semana, a Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação, realizará palestras de orientação em unidades de ensino do município. “O objetivo é plantar a semente da conscientização na cabeça de cada pequeno cidadão gasparense. Para que desde cedo, cada um faça a sua parte,” finaliza a secretária de Saúde.
Orientações
– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
Mais informações: Secretária de Saúde, Maria Bernadete Tomazini – 3703.3700