Gaspar segue sem casos graves de Gripe A

   Com a chegada do inverno, alguns cuidados precisam ser redobrados para evitar o contágio e a proliferação de doenças comuns nessa época do ano, como gripes e resfriados. Porém, tão importante quanto às atitudes para evitar o contágio, é necessário cuidado ao divulgar informações sobre o tema, já que existe mais de um tipo de Influenza A, incluindo a gripe comum que tem baixa letalidade e tratamento diferenciado.

 

   A médica infectologista da rede municipal da Saúde, Dra. Midian Lopes, chama atenção para as diferentes “cepas” da gripe. “Os subtipos de Influenza A que causam maiores problemas à saúde dos pacientes, e são mais comuns no Mundo, são H1N1 e H3N2, que são mutações do vírus original. Ainda assim, estar diagnosticado com a Influenza A não significa que você tenha o tipo mais grave da doença, já que a gripe comum também leva a denominação de Influenza”, reforça. 

 

   Apesar do nome parecido, todo o tratamento e, principalmente, a resposta do organismo entre um tipo de vírus e outro, são totalmente distintos. Por isso, a importância de  vacinar os grupos de risco (como doentes crônicos, grávidas e idosos), manter uma etiqueta de tosse com a limpeza frequente das mãos e, em caso de sintomas mais graves, como febre acima de 38°, tosse crônica e persistente, além de dores no corpo, procurar atendimento médico em alguma das unidades de saúde do município.

 

   O Secretário de Saúde, Roberto Pereira, lembra que até o momento Gaspar não registrou nenhum caso de H1N1 ou H3N2 neste ano. “O nosso setor de vigilância em saúde, bem como toda a equipe de atendimento básico e hospital estão atentos a essa questão. Sempre que há alguma suspeita de gripe A, exames e testes são realizados para confirmação. Até o momento Gaspar não registrou nenhum caso em 2018. Porém, com o acompanhamento constante, caso haja qualquer caso mais grave, a rede pública está preparada para atender este paciente e realizar todo o procedimento necessário, incluindo a transferência para outros hospitais, caso seja necessário”.

 

   Roberto Pereira destaca ainda o cuidado para a não divulgação de informações erradas e a criação de um falso alarme. “Recentemente, tivemos alguns pais preocupados com a possível infecção de alunos de uma escola da cidade pelo vírus da gripe A. Porém, ao analisar o caso, descobriu-se que se tratava do vírus comum da gripe, que não apresenta sérios riscos para a saúde. É muito importante que a comunidade não divulgue informações inverídicas para não gerar pânico na população”, finalizou.