Projeto sobre o cultivo de soja em áreas de arroz irrigado teve seu primeiro evento nesta última quinta-feira
A principal cultura agrícola do município é o arroz irrigado, onde mais de 140 produtores plantam em torno de 3.000 hectares. No entanto, há uma nova realidade ligada ao arroz irrigado que passa por uma crise muito forte. Tentando trazer uma nova alternativa de cultivo, a Secretaria de Agricultura e Aquicultura e a Epagri apoiaram o projeto piloto sobre O Cultivo de Soja em Áreas de Arroz Irrigado, iniciativa que surgiu da empresa multinacional de defensivos agrícolas BASF e a empresa de insumos agropecuários Plantar, de Brusque. O evento aconteceu na manhã desta última quinta-feira, dia 31, na propriedade da família do Senhor Altair Venturini, no Bairro Lagoa. Tendo a participação de vários produtores da região, cerca de cinquenta pessoas marcaram presença nesta iniciativa. Os técnicos da BASF, mostraram o manejo da soja em terras baixas, desde a correção do solo, preparo, sistema de plantio, sistemas de drenagens da área, manejo de plantas daninhas, doenças e pragas, desenvolvimento de variedades mais adaptadas a solos de várzea. O objetivo principal é mostrar a cultura da soja, como alternativa de cultivo em solos inicialmente usados somente com a cultura orizícola, para controle de arroz vermelho, sistema de rotação de cultura, controle de pragas e doenças, reciclagem de nutrientes, dentre outros aspectos. A cultura da soja, hoje, já é desenvolvida em áreas de arroz irrigado em grande parte do Rio Grande do Sul, e em algumas áreas do sul de Santa Catarina. Segundo o Engenheiro Agrônomo, Henrique da Silva Pires, existe muita pesquisa no Rio Grande do Sul no cultivo de soja em terras baixas. Em Santa Catarina e na nossa região, a implantação da soja em terras de arroz irrigado, pode ser uma alternativa de cultivo, em virtude da liquidez da oleaginosa, benefício no sistema de rotação de cultura com o arroz irrigado. Mas devemos acima de tudo ter bastante critério para cultivar a soja na nossa região. Nem todos os solos são adequados ao cultivo da soja, o sistema de drenagem das áreas de várzea devem ser muito eficientes, pois a soja não tolera o encharcamento prolongado. Precisa de investimentos razoáveis em maquinários, e ainda tem a questão de grande parte das áreas plantadas serem arrendadas. Mas sem dúvida, as parcerias com as empresas privadas, órgãos públicos de assistência técnica, extensão rural e pesquisa, vão mostrar junto ao produtor o melhor caminho para potencializar o cultivo de soja em solos de várzea.. “Isso é importante para o nosso município, precisamos analisar a real situação do arroz irrigado e essa é uma alternativa de cultivo que achamos necessário mostrar para o produtor”, explica Pires. Mais informações: Secretaria Municipal de Agricultura e Aquicultura, André Waltrick e/ou Engenheiro Agrônomo, Henrique da Silva Pires – 3332-2990