Secretaria de Saúde de Gaspar alerta sobre o caso de raiva humana registrado em SC (Gravatal) após 38 anos
A Secretaria de Saúde Municipal de Gaspar, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), da Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), informa que foi confirmado pelo Laboratório Instituto Pasteur (IP) o diagnóstico laboratorial de raiva para o óbito de uma paciente de 58 anos, residente em área rural do município de Gravatal, ocorrido no último sábado (4 de maio de 2019). As amostras foram encaminhadas para São Paulo pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/SC). Santa Catarina não registrava casos de raiva em humanos desde 1981, quando um paciente de Ponte Serrada foi vítima da doença. Já os últimos casos de raiva em cães e gatos foram registrados em 2006, nos municípios de Xanxerê (01 cão e 01 gato), Itajaí (01 cão), e em 2016, em Jaborá (01 cão).
Técnicos da DIVE/SC estiveram nesta segunda-feira (06) no município de Tubarão reunidos com a Gerência Regional de Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Gravatal e Capivari de Baixo, a CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) e a UNISUL para o desenvolvimento de ações, conforme o protocolo do Ministério da Saúde, considerando que Santa Catarina é área controlada para raiva animal no ciclo urbano. As ações envolvem a vacinação casa a casa de cães e gatos em um raio de cinco quilômetros a partir da residência da paciente, bem como busca ativa de animais doentes e mortos e orientação a população. “Além disso, se a pessoa for agredida por um cão ou qualquer outro animal, é muito importante que procure um serviço de saúde mesmo se o ferimento não for grave, pois pode haver a necessidade de tomar a vacina contra a raiva”, afirma João Fuck, gerente de Zoonoses da Dive/SC.
A raiva é uma doença 100% letal, com incubação de 10 dias a 02 anos, transmissível de mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos para o ser humano através de mordeduras, arranhaduras e lambeduras. O vírus atinge o sistema nervoso central levando a morte após pouco tempo do início dos sintomas.
Assim, a SMS alerta que todas as pessoas agredidas por mamíferos procurem imediatamente uma unidade de saúde para relatar o caso. A Vigilância Epidemiológica é notificada no mesmo momento que o paciente procura atendimento e a partir daí determina a observação do animal por 10 dias ou o tratamento do paciente agredido com vacina ou soro antirrábicos, cumprindo protocolos do Ministério da Saúde.
A Superintendente de Saúde do Município, Lizandra H. Junges afirma ainda a importância da população não eliminar o animal que comete a agressão, caso seja cão ou gato, pois faz parte das ações da vigilância epidemiológica local a observação e monitoramento deste por 10 dias após o contato destas duas espécies animais com o ser humano.