Alunos do IFSC Gaspar venceram categoria no Latin American Space Challenge

   No último final de semana, entre os dias 9 e 11, aconteceu o Latin American Space Challenge 2019, na cidade de Tatuí em São Paulo. O Grupo de Foguetes do IFSC Gaspar – GFIG participou do evento e venceu na categoria payload, uma modalidade que leva em consideração o experimento mais inovador e não inerte embarcado no foguete. Com uma equipe formada por professores de Física, Informática, Química e Biologia e alunos técnicos integrados do IFSC, o grupo foi criado para participar do evento internacional que reuniu 25 equipes de cinco países, sendo o GFIG a única a ter como membros estudantes do ensino médio.

   O grupo já vinha de um trabalho no desenvolvimento de minifoguetes, motores, sistemas aviônicos, bases de lançamento e combustíveis diferenciados. O GFIG tem quatro minifoguetes com motores comerciais, no caso motores vendidos no mercado. Neste projeto, o grupo desenvolveu um motor próprio.

   Na categoria, o grupo gasparense lançou um foguete não comercial desenvolvido pelo grupo, de alta potência, que alcançou a marca de 220 metros. Produzido com materiais como fibra de vidro, madeira e plástico, o foguete tem como propelente, no caso o combustível, o nitrato de potássio com sacarose. “O lançamento do foguete superou as nossas expectativas e a nossa proposta é trabalhar para que o propelente tenha mais oxidante, o que deve aumentar a queima do combustível e com isso o apogeu, que é a altura máxima alcançada, poderá ser maior”, explica a aluna Tainara Madruga do técnico integrado em Química.

    Juntamente do foguete havia um experimento com leveduras, organismos unicelulares microscópicos, para avaliação. O experimento precisou de uma estrutura de laboratório que foi montada pela equipe para o lançamento, sendo o GFIG a única equipe portando um experimento acoplado ao foguete. A pesquisa servirá de estudo e avaliação do comportamento das leveduras antes, durante e depois do lançamento. “Ainda não temos os resultados da pesquisa porque precisamos fazer o processamento das imagens”, comenta professor de Biologia Hendrie Nunes. “Mais do que o prêmio que recebemos, eu vejo que participar do LASC foi muito importante. Um dos alunos da equipe me contou que estava prestes a desistir do curso técnico e que mudou de ideia quando decidiu participar do grupo”, explica Nunes.

   Após a competição, foram feitos outros convites para a participação do grupo em eventos no Rio de Janeiro e até mesmo para competições nos Estados Unidos, onde se concentram os maiores campeonatos de foguetes do mundo. A nova meta da equipe é fazer outros lançamentos para alcançar a marca de 500 e de mil metros.

Mais informações: Secretária de Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, 3331.1901.