Defesa Civil de Gaspar registra deslizamento de rocha no Bairro Arraial D’Ouro

 

 

 

   A Superintendência de Defesa Civil de Gaspar atendeu uma ocorrência por volta das 16h na última sexta-feira, dia 18, nas proximidades do Bairro Arraial D’Ouro. Uma pedra de cerca de 15 toneladas rolou por um morro próximo ao número 7.000, gerando risco às residências que estavam na linha de queda da pedra. Na tarde desta segunda-feira, dia 21, técnicos da Superintendência voltaram a analisar o local juntamente com o geólogo e o engenheiro da Defesa Civil classificando a dependência como de alto risco. O problema foi desenvolvido depois da abertura de uma estrada clandestina.

   Após um laudo realizado na segunda-feira, a Defesa Civil do município reconheceu o local e verificou o risco da pedra continuar o caminho até as residências ao fim do morro. “No entanto, além deste risco, há um alerta quanto a uma rocha três vezes maior que a pedra que deslizou no alto do morro”, comenta o superintendente de Defesa Civil, Evandro de Mello do Amaral. Ele explica que a rocha no alto do morro se formou após aproximadamente 600 milhões de anos de erosão e que, com a interferência feita para a construção da estrada clandestina, parte do suporte da rocha se perdeu. “Não é um risco eminente, mas precisamos agir com rapidez e ver a instabilidade do local, fazer um estudo mais aprofundado”, argumenta.

   Técnicos da Defesa Civil voltarão ao local para uma analise com drone, para fazer imagens 3D do local, que irão ajudar nos estudos futuros. “O próximo passo é determinar qual é profundidade desta rocha e se ela está estável ou não”, declara Evandro. A parte em que a rocha está é chamada de conglomerado. Esse conglomerado é formado por partículas de rochas que ao longo de milhões de ano se fundiram, tornando-se essa grande rocha com milhões de anos. A interferência humana potencializou a instabilidade do conglomerado.

   Após os procedimentos iniciais, serão analisadas as possíveis soluções para o problema. “No momento, estamos analisando a situação e fazendo as medidas mitigatórias para diminuir os riscos que a pessoas que fez a interferência de forma irregular no local causou”, esclarece o superintendente. Já a estrada clandestina está sendo analisada pela Polícia Militar Ambiental e pela Superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Os moradores do local

   Aproximadamente 10 residências estão no local de risco da trajetória da pedra. A Defesa Civil notificou e orientou os moradores. “A nossa orientação é para que as pessoas monitorem o local durante o dia e que de preferência durmam fora de suas casas, principalmente aquelas que estão em risco”, explica o superintendente.