Parceria entre Prefeitura e Bunge incentiva a leitura e a inclusão
Incentivar o gosto pela literatura na era da tecnologia, muitas vezes passa a ser um grande desafio para os professores. Fazer com que crianças deixem de lado o mundo dos eletrônicos por alguns instantes e mergulhem no universo da literatura, tem sido uma missão para muitos. Mas, nas escolas EEB Angélica Costa e a EEB Aninha Pamplona Rosa, essa já é outra realidade. Nessas escolas, a biblioteca é constantemente utilizada pelos estudantes. Os alunos são contemplados com o projeto ‘Semear Leitores’, uma iniciativa da Fundação Bunge em parceria com a Prefeitura de Gaspar.
Entre os dias 12, 13 e 14 acontece nessas escolas o A Feira e Movimento de Leitura da Cultura e Literatura Indígena – Semear Leitura, onde os alunos tem o objetivo de conhecer e valorizar os aspectos socioculturais de outros povos. Este projeto tem como proposta despertar nas crianças e adolescentes para a importância da valorização da cultura indígena.
Tudo isso é realizado através das professoras e também pelas mediadoras de leitura, que são pessoas que constroem pontes entre os livros e os leitores, criando condições favoráveis para que haja um encontro feliz entre ambos. A mediadora de leitura Liliana dos Santos trabalha há um ano com literatura indígena na EEB Prof. Aninha Pamplona Rosa. “A gente recebeu um tema no inicio do ano, esse ano foi literatura indígena, e durante todo o ano realizamos diversos trabalhos com a literatura indígena, inserindo isso na formação do aluno”, destaca.
Durante a 15º Feira da leitura que ocorreu em outubro, o escritor indígena Daniel Munduruku. Na ocasião, o autor, ganhador do prêmio Jabuti e UNESCO, conversou com os alunos das escolas sobre a origem dos povos indígenas do Brasil, além de falar sobre a sua trajetória. A visita do escritor Daniel, também faz parte do movimento literatura indígena.
A Secretária Zilma Sansão Benvenutti comemora a participação dos alunos no movimento de leitura. “Estamos vivendo um momento muito importante de incentivo à leitura e ao livro. É imprescindível estimular as crianças e jovens a lerem, para que possam buscar cada vez mais o conhecimento. Ações como essas são de extrema relevância social e cultural”, conclui Zilma
Outra ação desenvolvida pelas escolas foi à exposição dos trabalhos da Rede Internacional de Escolas Criativas – RIEC, ambas as escolas já desenvolveram seus Projetos Criativos Ecoformadores – PCE, o “Comunidade e Escola” produzido pela escola Angélica de Souza Costa. E a “Promoção da Saúde no Espaço Escolar como forma de Integrar” da escola Aninha Pamplona Rosa. Durante o evento, alunos apresentaram as atividades realizadas através da RIEC para a comunidade escolar.
Programa Semear Leitores
O Programa Semear Leitores foi criado pela Fundação Bunge para estimular o contato da criança com os livros de maneira prazerosa e, por meio da leitura, incentivar a ampliação do universo. Para isso, a Fundação apostou na oferta de espaços acolhedores e lúdicos, projetados especialmente para facilitar o acesso aos livros.O acervo conta com de cerca de mil títulos, renovados anualmente com o envio de kit com novos livros, além de baús lúdicos, com adereços e fantasias que contribuem para as atividades realizadas nos espaços, como as contações de histórias, tornando o momento ainda mais interessante para os pequenos.
Realizado em parceria com as Secretarias de Educação dos municípios e outras entidades, o Programa também promove a formação de mediadores de leitura, profissionais responsáveis por estimular o gosto pelos livros, por meio de encontros presenciais e ferramenta online.
Atualmente, já são 31 espaços Semear Leitores, presentes em nove estados – Santa Catarina (Gaspar), Rio Grande do Sul (Rio Grande), Paraná (Ponta Grossa e Paranaguá), São Paulo (Santos, Orindiúva, Icém, Paulo de Faria, Riolândia, Palestina, Carapicuíba, Nova Granada e Guaraci), Minas Gerais(Santa Juliana e Fronteira), Bahia (Luís Eduardo Magalhães), Tocantins (Tupirama e Bom Jesus do Tocantins), Pará (Itaituba) e MT (Rondonópolis).
O que é a Ecoformação?
O processo de polinizar se inicia com um epítome, um impacto que chama e prende a atenção dos alunos. Na escola Angélica de Souza Costa, sua epítome foram charadas espalhadas pelo colégio que incentivaram a reciclagem de óleo, seguindo assim os projetos sobre a preservação do meio ambiente. Já a escola Aninha Pamplona Rosa usou um manequim, alguns acessórios e uma mensagem gravada para criar situações em que o manequim colocava em pauta circunstâncias prejudiciais a saúde das crianças e adolescentes.
A ecoformação é introduzida assim, aos poucos, adaptando-se a rotina do aluno, que é o protagonista da trama. Os trabalhos criativos laboram no pensar diferente e motivam os professores a investir em práticas criativas para que as mudanças sobre as questões de autoconhecimento e de conhecimento do meio comecem a serem desenvolvidas. Fazendo com que as crianças não participem apenas de um trabalho isolado de reciclagem, por exemplo, e sim que ela aprenda com as informações que lhe foram dispostas. Ocorrendo a mudança de sua mente, a evolução de seus pensamentos e por fim, a difusão disso para amigos e familiares, continuando a rede criada pelo professor.
A Ecoformação é a restauração da relação do ser humano com o eu, o outro e o meio. Sem colocar o aprendizado em caixas fechadas, como se fossem imutáveis. Mudar um hábito, o meio em que vivemos, e o interior daquele que adquiriu conhecimento. A formação vai além da linha ecológica, principalmente quando se percebe que para incentivar alguém a ser sustentável, deve-se mudar o seu interior, o autoconhecimento, o conhecimento do outro e do meio.