Janeiro Roxo: campanha alerta para conscientização e combate à Hanseníase

No último domingo, dia 26, celebra-se o dia Mundial de Combate à Hanseníase. Para evidenciar a data, lembrada no último domingo do mês de janeiro, foi instituído o Janeiro Roxo. Por meio da disseminação de informações e conscientização sobre a gravidade da doença, necessidade de diagnóstico e tratamentos precoces, A ação procura melhorar o controle da doença e contribuir na redução do preconceito que cerca a Hanseníase.

 

De acordo com o Ministério da Saúde o país tem cerca de 30 mil novos casos da doença por ano. Em Gaspar, duas pessoas recebem o tratamento para a doença atualmente. Segundo a Classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2016, o Brasil é considerado um país de alta carga para a doença, ocupando a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos. Em razão da elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no País. Em 2018, o Brasil registrou um total de 28.660 casos novos de hanseníase. Em Santa Catarina, no mesmo período, foram notificados 118 casos novos. Esses números colocam como um dos estados com a menor taxa de detecção do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

 

Mas afinal, o que é a Hanseníase?
A Hanseníase é uma doença causada por uma bactéria, o Bacilo de Hansen, que atinge principalmente a pele, os olhos e os nervos.
A doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e em qualquer faixa etária. A evolução ocorre, geralmente, de forma lenta e progressiva.

É uma das doenças mais antigas da humanidade. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas berço da doença.

Em 1976, o Ministério da Saúde adotou a terminologia hanseníase, como forma de minimizar o preconceito secular atribuído à doença. Com isso, de acordo com a Lei nº 9.010, de 29 de março de 1995, o termo “Lepra” e seus derivados não poderão ser utilizados na linguagem empregada nos documentos oficiais da Administração centralizada e descentralizada da União e dos Estados-membros.
O tratamento é oferecido gratuitamente na Rede Municipal de Saúde e leva à cura da doença.

 

Como a doença é transmitida?
Pelas vias respiratórias superiores de pessoas que tem hanseníase e não estão em tratamento, ou seja, pelo ar e não pelos objetos utilizados por pacientes. Porém, se a pessoa doente estiver se tratando corretamente, ela não passará a doença para ninguém.
Estima-se que a maior parte da população tenha defesa natural (imunidade) contra o M. leprae. É sabido que a susceptibilidade ao M. leprae possui influência genética. Assim, familiares de pessoas com hanseníase possuem maior chance de adoecer.
Entretanto, para que ocorra a transmissão é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.

 

Quais os principais sintomas?
De acordo com a DIVE, Diretoria de Vigilância Epidemiológica, estes são os principais sintomas da doença:
– Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas; áreas com diminuição dos pelos e do suor;
– Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; inchaço de mãos e pés;
– Diminuição de sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos;
– Úlceras de pernas e pés;
– Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos;
– Febre, edemas e dor nas articulações;
– Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
– Ressecamento nos olhos.

 

O que fazer para prevenir a Hanseníase?
Se houver qualquer sinal de hanseníase em você ou em alguma pessoa com quem você conviva, procure a unidade de saúde de seu território ou o Serviço de Atenção Especializada (SAE), localizado no segundo andar da Policlínica Municipal. Assim, poderá ser feito o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno.

 

É importante lembrar que a Hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito!

 

Mais informações: Secretaria de Saúde – 3703.3700.