Exames para coronavírus só são realizado em pacientes internados
Desde que o Ministério da Saúde declarou transmissão comunitária em todo o território nacional, protocolos quanto ao registro de dados e realização de exames foram alterados. Desde a última quinta-feira, dia 19, o Governo Federal não trabalha mais com números de casos suspeitos e os testes são realizados em pacientes internados em situação grave,
O Governo Federal já considera que todas as pessoas com sintomas de gripe ou respiratórios possam estar com coronavírus. Por conta disso, as estatísticas contabilizam, oficialmente, apenas os números de casos confirmados eml= laboratórios credenciados.
Para que o exame seja realizado totalmente pela rede pública de saúde, o novo critério é de que o paciente deve se apresentar internado no hospital e -se a partir de uma suspeita de SRAG (síndrome respiratória aguda grave).
Jicéli Petró, diretora de Vigilâncias em Saúde, explica que os critério mudaram no final da semana passada. “Para os pacientes que apresentam sintomas leves, mantem-se em isolamento social até melhorarem os sintomas, com orientação para buscar o atendimento em uma Unidade Básica de Saúde se tiver piora no quadro clínico”, recomenda.
Para Jicéli é importante salientar que não existe tratamento específico para as infecções causadas pelo coronavírus, por isso a confirmação que o exame traz não é tão importante quanto seguir as recomendações. “Apesar de ficarmos mais confortáveis quando temos um resultado em mãos, isso não significa que não será dado o tratamento adequado e que não faremos todos os esforços, enquanto serviço de saúde, para garantir que todo e qualquer indivíduo tenha sua saúde restabelecida”, pontua.
O médico infectologista e diretor técnico do Hospital de Gaspar, Ricardo Freitas, ainda reforça que, o que determina o tratamento é a gravidade do sintoma. “O resultado do exame, nesse estágio em que estamos, é irrelevante no momento. O tratamento e os cuidados continuam os mesmo, o que difere é a gravidade do sintoma. Se, além dos sintomas leves como coriza, tosse, dor de cabeça, a pessoa tiver febre alta persistente, deve procurar uma unidade de saúde para que possa ser avaliada e ter o encaminhamento médico. Caso contrário deve ficar em casa, em isolamento social, tomando as medidas necessárias para não propagar o vírus. Em casos de extrema gravidade com falta de ar grave e febre alta, aí sim é necessário procurar uma unidade hospitalar para um acompanhamento diferenciado e adequado”, explica.
Mais informações: Secretaria de Saúde – 3703.3700