Cresce número de atendimentos do Pronto Socorro

Desde o início da pandemia, o número de atendimentos no Pronto Socorro do Hospital de Gaspar aumentou muito acima da média histórica. Sendo que uma parcela dos atendimentos poderia ser resolvida nas unidades de saúde dos bairros, caso os pacientes tivessem procurado o posto. Com o aumento significativo da procura por situações de mínima ou baixa prioridade, o processo de acolhimento aos pacientes levamais tempo que o normal, gerando fila de espera e sobrecarregando o serviço hospitalar. O Hospital de Gaspartambém se preocupa com o risco de contágio por COVID-19, já que no local é grande o número de pessoas que procuram atendimento com a doença ativa.
Somente nos primeiros 75 dias do ano, foram realizados mais de 7 mil atendimentos no Pronto Socorro do Hospital de Gaspar. Destes, 6.096 se enquadravam em prioridade mínima ou baixa, que é quando o paciente não corre risco à vida ou à saúde. “O hospital atende de porta aberta, ou seja, quem vier será atendido. Agora, mais de 80% dos nossos atendimentos no Pronto Socorro poderiam ser resolvidos no posto de saúde. Além de um atendimento mais rápido nas unidades dos bairros, o risco do paciente contrair COVID-19 é bem menor”, explica Fabiana Massaria, diretora administrativa do Hospital de Gaspar.

O Pronto Socorro (PS) é o local que tem como prioridade pacientes que estão com algum problema que coloque em risco a sua saúde e precisam de atendimento imediato, como um acidente de trânsito, parada cardíaca, fraturas, entre outros. “A nossa realidade é totalmente oposta ao que seria ideal parao nosso PS. Em 2021, até agora, a maior parte dos atendimentos foi de pacientes com algum tipo de dor muscular, problemas de ansiedade, dor de ouvido, diarréia e faringite. Todas com prioridade mínima ou baixa”, revela Fabiana.
A maior preocupação do Hospital de Gaspar neste momento é em relação ao contágio por COVID-19. Apesar de todas as medidas de prevenção no local, o número de pessoas infectadas que buscam atendimento ou que estão internadas com a doença é alto. “Muitas vezes as pessoas procuram o Hospital de Gaspar por não terem o hábito de ir até o posto de saúde, mas a pessoa não percebe o risco que corre sem necessidade. Ao ir até o posto de saúde, além do atendimento médico, a pessoa ainda poderá sair com encaminhamento para exames ou especialistas, o que não acontece no hospital”, destaca Fabiana. Além disso, a Prefeitura de Gaspar ainda conta com um Centro de Triagem para COVID-19 no Ginásio Prefeito João Santos para atendimento exclusivo de pessoas com sintomas de coronavírus, para evitar a ida às unidades de saúde ou ao Hospital.

O Hospital de Gaspar, assim como os principais hospitais do Brasil e do mundo, segue o Protocolo de Cores e Prioridadeque é um sistema de triagem. Ele ajuda a organizar a ordem de atendimentos dos pacientes que chegam na instituição e facilita, posteriormente, o atendimento dessas pessoas. A técnica é bastante simples, e consiste em classificar os pacientes que chegam ao hospital em 5 níveis. Para realizar essa classificação, o método utiliza 5 cores: Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde e Azul.
Cada cor simboliza o estado em que o paciente se encontra, determinando assim a gravidade do caso.

Vermelho Emergência – Existe risco imediato à vida do paciente e ele precisa ser atendido imediatamente 0 minutos
Laranja Muito urgente – Existe risco à vida do paciente e ele precisa ser atendido o quanto antes até 10 minutos
Amarelo Urgente – Não é considerado uma emergencia, mas o paciente precisa passar logo por uma avaliação até 60 minutos
Verde Pouco urgente – É considerado um caso menos grave, o paciente pode aguardar atendimento ou ser encaminhado para outro serviço de saúde até 120 minutos
Azul Não urgente – é o caso mais simples, o paciente pode aguardar por atendimento ou ser encaminhado para outro serviço de saúde até 240 minutos