Prefeitura oferece grupo terapêutico para pais de crianças e adolescentes com autismo
Objetivo é criar uma rede de apoio para esses familiares
Pais, mães e responsáveis de crianças com autismo, muitas vezes sofrem dificuldades para enfrentar alguns desafios imposta pela condição. Por esse motivo, a Prefeitura de Gaspar, por meio da Secretaria de Saúde realiza nesta segunda-feira, dia 20, mais um encontro do Grupo Terapêutico para famílias de crianças e adolescentes autistas, ou com outros transtornos intelectuais.
As reuniões acontecem mensalmente no Auditório do Projeto Integrar, no Edifício Avenida Center (Rua Duque de Caxias, 111 – Centro), sempre às 19h.
No local, os integrantes do grupo recebem orientações e informações sobre o autismo e outras condições. O encontro é conduzido por uma psicóloga da secretária de saúde, com a troca dos pais.
De acordo com a psicóloga responsável pelo grupo, Akemi Higashi, o grupo surgiu de uma necessidade dos pais. “Nossas crianças já recebem atendimento multidisciplinar através do Serviço de Fonoaudiologia, Psicopedagogia e Psicologia Escolar (Sefoppe) ou do projeto Integrar. Mas os nossos profissionais começaram a receber muitas dúvidas de pais ou familiares, além de dificuldades sobre o comportamento, como lidar com uma pessoa autista, entre outras frustrações. Então através dessa necessidade, criamos esse grupo de apoio”, explica a psicóloga.
Liliana Michela dos Santos, mãe do jovem Lucas, diagnosticado com autismo, conta que por muitas vezes se sentiu sozinha e sofre preconceito, com o grupo, ela se sente “em casa”. “A gente como mãe de filhos autistas, muitas vezes nos sentimos sozinhas, ou recebemos olhares preconceituosos de pessoas que não entendem essa condição. Nossos filhos são julgados pela sociedade como mimados ou mal educados. Esse grupo de conversa vem pra isso, para ter troca de conversas, experiências e entender a dor do outro. É um momento de compartilhar e apoiar e isso é importantíssimo, vai auxiliar ainda mais as famílias”, pontua Liliana.
“O grupo é um local de acolhimento do sofrimento desses pais. A gente não julga, não apontamos o dedo. A intenção é escutar, acolher e trabalhar juntos, para tentar resolver a questão abordada. Os pais saem dos encontros transformados e ter pessoas informadas e conscientes, estimula o desenvolvimento das nossas crianças autistas”, finaliza Akemi Higashi, psicóloga.
O grupo terapêutico é aberto para toda a comunidade, além de pais, professores também participam da reunião.